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24 de abr. de 2012

PATIFE - CORREDOR POLONÊS

Por Wagner Rodrigues

Capa do Álbum.

Misturar técnicas complexas de música erudita e jazz com a simplicidade e agressividade do punk rock? E como se não bastasse ainda usar como tempero ritmos brasileiros? Como assim? 

Algo aparentemente inimaginável é materializado através das criações da banda Patife de Paulo Barnabé e seus comparsas, num derradeiro ataque sonoro-subversivo-explosivo.

Paulo Barnabé em performance ao vivo.

Não seria exagero, da minha parte, afirmar que o Corredor Polonês [1987] está entre os álbuns de rock lançados no Brasil que considero mais legais. 

Eu disse rock? Bom, não tem como negar que se trata de um trabalho com grande atitude e ousadia. Sendo marcante a presença do peso que emana das guitarras distorcidas, baixo, bateria e vocais ensandecidos, quase psicopatas. Além de se tratar de composições muito criativas e que parecem fugir dos clichês, com abordagens mais experimentais que fizeram com que a banda fosse identificada, por muitos, como pós-punk.

Verso do álbum.

Não digo isso apenas pelo surgimento inesperado de ritmos assimétricos, atonalismos e doses dodecafônicas que se fundem numa atmosfera sombria e nervosa. Mas, além, dessas estruturas ou desconstruções sonoras, paira uma energia volumosa nesse disco. Algo arrebatador. Simplesmente um murro na cara da mesmice!

Ouça a canção 'Corredor Polonês':




Para melhor conhecer a Patife Band acesse:
  • Wikipédia, a enciclopédia livre.
  • Myspace oficial da banda.
  • MediaFire, download do álbum 'Corredor Polonês' [320kbps].
  • Letras, cante junto com as músicas.




Licença Creative Commons
Este trabalho foi licenciado com uma Licença Creative Commons
Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Brasil. 

10 de abr. de 2012

GRAVEYARD - HISINGEN BLUES



A banda sueca ‘Graveyard’ formada no ano de 2006 na cidade de Gotemburgo lançou em 2011 o seu segundo álbum de estúdio intitulado ‘Hisingen Blues’ que chegou ao Brasil através da Hellion Records.

Este álbum possui uma sonoridade bastante retro, pois foi gravado de forma analógica, sendo que a base referencial da banda está ancorada no blues, como o próprio nome do disco sugere, com doses nada modestas de Hard Rock e Heavy Metal setentista destilados em psicodelia e riffs pesados que muitas vezes remetem ao Stoner Rock.

A partir da esquerda: Rikard Edlund, Axel Sjöberg, Joakim Nilsson e Jonatan Ramm.


Black Sabbath, Led Zeppelin, Cactus, Jimi Hendrix, Free e Grand Funk Railroad parecem exercer grande influência sobre o trabalho do Graveyard. No entanto, pode-se afirmar que a banda conseguiu construir a sua identidade e deixar a sua marca registrada com o lançamento deste disco que possui uma pegada forte, dinâmicas marcantes, guitarras afiadas e vocais agudos. Um trabalho bem articulado, expressivo e pesado. Vale a pena conferir!

Assista ao vídeo da música 'Hisingen Blues':




Formação:

Joakim Nilsson - voz e guitarra
Jonatan Ramm - guitarra
Rikard Edlund - baixo
Axel Sjöberg - bateria

Faixas:

01. Ain t Fit to Live Here
02. No Good, Mr Holden
03. Hisingen Blues
04. Uncomfortably Numb
05. Buying Truth (Tack Förlåt)
06. Longing
07. Ungrateful are the Dead
08. RSS
09. The Siren
10. Cooking Brew

Mais informações sobre a banda: http://www.myspace.com/graveyardsongs




Licença Creative Commons
Este trabalho foi licenciado com uma Licença Creative Commons
Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Brasil. 

4 de abr. de 2012

QUINTAL DE CLOROFILA - O MISTÉRIO DOS QUINTAIS

Por Wagner Rodrigues


Ao longo dos anos 70 e início dos 80, no Rio Grande do Sul, a cena musical estava voltada para o interior do estado com a presença de grupos que utilizavam elementos folclóricos, regionais, indígenas e latino-americanos dentro das suas composições, como ‘Os Tápes’, “Grupo Terra Viva’, ‘Utopia’, ‘Almôndegas’, entre outros.

Esse panorama foi radicalmente alterado a partir da segunda metade da década de oitenta com o surgimento do que a mídia denominou de 'rock gaúcho', onde o foco foi direcionado para a capital, Porto Alegre, o que acabou enfraquecendo ou diluíndo diversos grupos do interior que tinham propostas estéticas diferenciadas.

O Quintal de Clorofila fez parte da fase que antecedeu a centralização portoalegrense. Originou-se na cidade de Santa Maria no final da década de setenta e era uma banda integrada por apenas dois músicos multi-instrumentistas: os irmãos Dimitri e Negendre Arbo.

Suas composições se destacavam pela complexidade e profundidade de suas letras [escritas pelo poeta Antonio Carlos Arbo, pai dos músicos], expressão vocal e harmonias e arranjos progressivos numa fusão incandescente de folk rock, jazz, música medieval e ritmos africanos orientais e latinos.

Quintal de Clorofila ao vivo no Teatro Guaíra, em Curitiba, nos anos 80.


O único álbum da banda O Mistério dos Quintais foi lançado em 1983 pelo selo Bobby Som. Este disco tem uma sonoridade absurdamente maravilhosa e original. Sendo que os rapazes abusavam de uma gama variada de instrumentos musicais acústicos com timbres de arrepiar. Muitos, inclusive, criados de forma caseira pelos próprios irmãos, utilizando telhas de zinco, galões de gasolina, serrotes, entre outros materiais.

É notório que o trabalho do Quintal de Clorofila envolveu uma vasta e aprofundada pesquisa musicológica, uma vez que a sua sonoridade estava bem além do que se produzia na época. Apesar disso, a banda não obteve um grande reconhecimento sendo, até hoje, desconhecida por muitos.

Outra característica presente neste álbum está relacionada às overdoses de psicodelia injetadas em diversas passagens sonoras, bastante viajantes e atmosféricas. O uso sutil de um teclado e de uma guitarra elétrica, que aparecem vez que outra, com um timbre muito especial dão um brilho ainda mais psicodélico para as composições, ao serem mescladas com uma diversidade de instrumentos acústicos e percussivos. Aliás, riqueza de timbres é o que não falta neste trabalho de grande inspiração e criatividade.

Os músicos e seus instrumentos:

Negendre Arbo: Violão, Casio, Banjo, Guitarra, Bandolim, Percussão, Metalofone, Microharpa, Porongo, Voz.
Dimitri Arbo: Viola 12 cordas, Saxofone, Flauta [transversa, doce, soprano e contralto], Ocarina, Percussão, Voz.

Participações Especiais:

Paulo Soares: Violão base - faixas 01, 04 e 06.
Canário 'Geminha': Backing vocal - faixa 09.
Antonio Carlos Arbo: Voz - faixa 10.

Faixas:

01. As Alamedas
02. Jornada
03. Drakkars
04. Liverpool
05. Gotas De Seresta
06. Viver
07. O Último Cigano
08. Jardim Das Delícias
09. Balada Da Ausência
10. O Mistério Dos Quintais

Download [arquivos MP3 de alta qualidade - 320kbps]

Para conhecer o trabalho mais recente do Negendre Arbo acesse sua página no myspace: www.myspace.com/negendre.




Licença Creative Commons
Este trabalho foi licenciado com uma Licença Creative Commons
Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Brasil. 

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